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A mostrar mensagens de agosto, 2006

The Myth of Secular Moral Chaos

Após navegar na Net e ter visto o " Diário Ateísta " encontrei este artigo de Sam Harris com duras críticas à Religião e aos religiosos. Parece-me ser um artigo com profundidade, daí o ter colocado no blog. O facto de ser Bahá'í não quer dizer que não corra o risco de fazer julgamentos "fáceis" de outras pessoas ou grupos, mesmo que dois dos princípios da Fé sejam a abolição de preconceitos e a livre pesquisa independente da verdade. Por outro lado é bom sabermos porque razão muita "boa gente" não vê como é que a Religião possa ser a solução para a nossa "aldeia global". Está em inglês na sua forma original. One cannot criticize religious dogmatism for long without encountering the following claim, advanced as though it were a self-evident fact of nature: there is no secular basis for morality. Raping and killing children can only really be wrong, the thinking goes, if there is a God who says it is. Otherwise, right and wrong would be mere m

O Sêlo dos Profetas e a Lei Islâmica (2.ª parte)

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Durante todo o período do ministério de Maomé houve mudanças na lei Islâmica, representando uma evolução gradual na lei Divina. Isto pode ser entendido como a necessidade de mudança nas leis divinas de uma religião para outra, em diferentes épocas, diferentes povos e diferentes locais na Terra. Daí que na Sura “O Conselho” seja explicado que as leis tenham sido enviadas a Noé, Abraão, Moisés e Jesus e mais tarde revelada aos muçulmanos que deverão seguir a Religião e não dividi-la, é lógico que enquanto a religião é só uma, as leis mudam de uma Revelação para a outra. A ausência de argumentos lógicos para o entendimento que a Sharí’ah é eterna torna-se contraditória com o estudo do próprio Alcorão, que mais uma vez descreve as Sagradas Escrituras pelo mesmo nome, apesar da reivindicação avançada pelos seguidores das religiões anteriores. Sura “A Distinção” (XXV, v.1): “ Bendito seja quem revelou aos Seus servos a verdade, para que fosse uma admoestação para os mundos!” Sura “Os Profeta

O Sêlo dos Profetas e a Lei Islâmica (1.ª parte)

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A crença de que o Islão é a religião definitiva tem conduzido a que os muçulmanos considerem a Sharí’ah como a última lei de Deus a ser enviada à humanidade. No entanto, as leis islâmicas foram enviadas em anteriores dispensações, tal como referido na Sura “O Conselho” (capítulo VI), diferindo umas das outras de acordo com as exigências da altura que Deus, na Sua sabedori a, considerou necessário. Pensamos também ser importante referir que Maomé durante o Seu ministério modificou algumas das leis, tal como a mudança do Quiblih, a direcção à qual os crentes devem fazer as suas orações. No período inicial o Quiblih era Jerusalém. O Todo-poderoso então ordenou ao Apóstolo que dirigisse a Sua face para Ka’bah, em Meca, que se tornou o Quiblih para o mundo Islâmico. Sura “A Vaca” (II, 142): “ Os homens insensatos dirão: “Quem os fez abandonar a Quibla que tinham?” Respondei: “O Oriente e o Ocidente pertencem a Deus; Ele guia a quem quer para o bom caminho .” No caso do álcool a lei foi reve

O Termo para a Nação Muçulmana

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O “termo fixo” de uma nação pode ser comparada com a de uma pessoa em que o seu período de vida é conhecido quando a pessoa ascende e não antes disso. A Dispensação Islâmica tem o seu “período fixo” que pode ser encontrado na interpretação dos versículos figurativos do Alcorão, que permanecem junto de Deus e aqueles a quem foi dado o conhecimento (Os Imames) até á vinda do Prometido. O fim do termo da nação Muçulmana ocorreu no ano 1260 (1844 D.C.), com o aparecimento do Báb e a revelação do Seu Livro, o Bayán. Quanto a esse evento o Alcorão é óbvio no seguinte versículo: Sura “A Prostração” (XXXII, v.5): “ Dispõe a Ordem do Céu para a Terra. Depois remonta a Ordem para Ele num dia cuja medida são mil anos dos que contais .” Há dois períodos no ciclo Islâmico. O segundo a que o versículo se refere, é um período de tempo de mil anos lunares e foi um tempo designado para o povo para quem a Revelação tinha ido enviada. O primeiro período corresponde ao ministério de Maomé, acrescido dos d

XI. Um Termo Certo Para Cada Nação

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A crença de que Maomé é o “ Selo dos Profetas ” e de que seria o último Mensageiro de Deus enviado à humanidade conduz a que os Seus seguidores concluam que o estado islâmico seria a última nação religiosa tal como o seu povo. No entanto, o Alcorão indica claramente que a nação islâmica não é a última, e os seus representantes fazem parte de um estado intermédio no desenvolvimento espiritual da humanidade. Sura “A Vaca” (II, v.143): “ Assim fizemos de vós uma comunidade moderada para que sejais testemunhas, frente à gente, e seja testemunha o Enviado frente a vós .” A identificação dos Muçulmanos como uma “ comunidade moderada ” [1] , não é apenas referente ao povo que a antecedeu mas também pressupõe que outro o irá seguir, guardado o princípio da continuidade da religião tal como confirmado no Alcorão: Sura “O Muro” (VII, v.35): “ Filhos de Adão! Chegar-vos-ão Enviados saídos de entre vós que vos recitarão os Meus versículos. Os que temem e se emendem não receiem pois não serão apoq

A Revelação Progressiva (4.ª Parte)

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Se o Alcorão fosse a última revelação divina certamente estes versículos seriam supérfluos. Os versículos indicam que existe um tempo determinado e que o povo, uma vez mais, nega o aparecimento do Apóstolo de Deus e é um aviso aos Muçulmanos, e existe um versículo que os aconselha a reflectir sobre a autenticidade das notícias ou uma clarificação: Sura “Os Aposentos” (XLIX, v.6): “Ó vós que credes! Se um perverso vos traz uma notícia, distingui o verdadeiro do falso: não ides afligir umas gentes por ignorância, pois logo vos arrependeríeis do que houvésseis feito.” O significado de “notícia ” ou “ clarificação ” é o advento de um Apóstolo ou Profeta. Como se poderá distinguir entre a notícia verdadeira e a falsa? A resposta para o pesquisador é dada no seguinte versículo: “ Temei a Deus. Pois Deus vos ensinou e Deus é omnisciente sobre todas as coisas. ” Sura a Vaca (II, v.282)

A Revelação Progressiva (3.ª Parte)

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Como poderá um povo imaginar que não existirá mais nenhuma Revelação a ser-lhe enviada? Perante a validade destes argumentos, os ulemás têm citado versículos que confirmam que as Suas Palavras são infinitas e não podem ser limitadas, considerando que aquelas que foram reveladas no Alcorão são as ciências e as artes da mente humana que no momento certo poderão entender o que foi revelado no Alcorão. Mas tal explicação é incompatível com os seguintes versículos: Sura “A Viagem Nocturna” (XVII, v.85): “Apenas se vos deu uma parte da ciência .” Sura “Al-Hichr” (XV, v.21): “ Nada existe se não tem as suas reservas junto de Nós. Não o enviamos se não é em quantidade determinada .” Respondendo à rejeição dos Judeus para com Jesus e Maomé, e relativamente ao facto de considerarem não haver Revelação Posterior, revelou: Sura “A Mesa” (V, v.64): “Os judeus dizem: “A mão de Deus está cerrada.” Cerrem-se as suas mãos e sejam malditos pelo que disseram. Não! Tem ambas as mãos estendidas, dando os S

A Revelação Progressiva (2.ª Parte)

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Estas questões são colocadas para se entender um correcto conhecimento do significado de “Selo dos Profetas” e “a verdadeira Religião de Deus é o Islão”. Ao fim e ao cabo cada nação considera a sua religião como a final e definitiva mas existe uma religião progressiva e não final, tal como o conhecimento é relativo e não absoluto. De facto, de acordo com o Alcorão apenas uma pequena porção foi dada entre os muçulmanos: “ Perguntam-te acerca do Espírito. Responde: O Espírito pruvem da Ordem do meu Senhor: apenas se vos deu uma parte da ciência .” (Sura “A Viagem Nocturna”, XVII, v.85) Pode-se comparar a confirmação no Alcorão que o conhecimento de Deus e as Palavras de Deus são infinitas: “ Se todas as árvores que há na Terra fossem cálamos e o mar; aumentado com outros sete mares, fosse tinta, esgotar-se-iam a escrever, mas as palavras de Deus não se esgotariam. Deus é poderoso, sábio.” (Sura “Lucmen, XXXI, v.27) Sura “A Caverna” (XVIII, v.109): “Diz: “Se o mar fosse tinta para escr

X. A Revelação Progressiva (1.ª Parte)

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Historias acerca dos Profetas e Apóstolos de Deus e a forma como diferentes povos argumentaram e se opuseram perante Eles está descrito na Sura de Hud: “ Enviámos Noé ao seu Povo. Disse-lhes “Eu sou um admoestador explícito para vós. Não adoreis senão a Deus! Eu temo para vós o tormento de um dia doloroso.” Os grandes dos que, entre seu povo, não acreditavam responderam: “Não te vemos senão como um mortal, semelhante a nós, e não vemos que te sigam, sem reflexão, a não ser aqueles que inferiores a nós. Não vemos em vós nenhum favor que vos situe sobre nós; pelo contrário, consideramo-vos impostores. ”(Sura de Hud, XI, v.25-27) Isto é a forma como o povo considerou Noé. Esta mesma atitude aconteceu com o povo de ‘Ád relativamente ao Apóstolo Hud, o de Tamúd face a Sáli, os faraós face a Moisés, os Judeus face a Jesus e o povo de Quaraysh face a Maomé. “ Quando se lhes diz: “Vinde até à verdade que Deus revelou ao Seu Enviado”, respondem: “Basta-nos o que encontrámos proveniente de nosso

Jesus e João (2.ª Parte)

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A função das duas Manifestações divinas Na Sura “A Mesa” (V, v. 59-60): “Diz “adeptos do Livro! Que censurais em nós senão que cremos em Deus, no que foi revelado e no que se revelou anteriormente?” Na vossa maior parte sois perversos. Diz: “poderei anunciar-vos um caso pior do que aquele?” Aqueles que Deus amaldiçoou, com os quais Se encolerizou e os metaformoseou em macacos e porcos, e os que adoram a Satanás, todos terão um lugar pior, pois são os mais extraviados do bom caminho.” As pessoas do Médio Oriente consideram o porco como representando imundice e os macacos representando a fealdade. Esta metamorfose significará que os seus princípios degenerarão. O Báb e Bahá’u’lláh declararam a Sua missão como sendo a de libertar da flama da injustiça o Mundo e instituírem elevados padrões morais na conduta dos povos. O Báb e Bahá’u'lláh aboliram as guerras defensivas e a imposição de taxas que faziam parte da lei islâmica. As nações antagonistas serão reconciliadas e as diferentes ca

IX. Jesus e João (1.ª Parte)

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Na Sura de Maria (XIX, v12) é feito referência a João Baptista: “ João toma o Livro com fervor e devoção”. Demo-lhe na sua meninice a sabedoria. A piedade e a pureza vindas de nós. Foi temente a Deus. Foi bom para seus pais; não foi violento nem desobediente. Paz sobre ele no dia em que nasceu, no dia em que morreu e no dia em que seja restituído à vida!” . Na mesma Sura no versículo 30 a 34 há referência a Jesus: “ Eu sou servo de Deus. Ele me dará o Livro e me fará Profeta. Abençoa-me onde quer que esteja e prescreveu-me, enquanto viva, a oração e a esmola. E também o carinho filial por minha mãe. Deus não me fez violento orgulhoso. Tenho a paz desde o dia em que nasci, assim como no dia em que morrer e no dia em que for restituído à vida.” Este é Jesus, filho de Maria, Verbo da Verdade sobre o qual discutem os cristãos .” Estes versículos indicam claramente que João, filho de Zacarias, e Jesus, filho de Maria, voltarão à vida em certo dia. Tanto o Alcorão como o Antigo e Novo Testam

O Advento de Duas Grandes Manifestações (2.ª parte)

Há muitas passagens que no Alcorão indicam a ocorrência de dois eventos gémeos no Dia da Ressurreição. Na Sura “Os que arrastam”(LXXIX, v 6-14): “ No dia em que ressoe a trombeta e lhe siga um ressoar ainda mais forte, nesse dia os corações palpitarão, os olhos se humilharão. Os descrentes perguntam: “Então nós seremos restituídos à Terra quando formos ossos carcomidos?” acrescentam: “Isso, então, seria um retorno desastroso.” Só se fará ressoar uma vez a trombeta, e imediatamente estarão na Terra .” Os versículos indicam que haverá dois violentos e consecutivas embates e que “ só se fará ressoar uma vez a trombeta ” o que poderá indicar que serão dois acontecimentos num curto espaço de tempo. Há outros versículos no Alcorão que retracta o mesmo tema, é exemplo a Sura “Os Grupos” (XXXIX, v 68-69): “ Soprar-se-á na Trombeta, e os que estejam nos céus e os que estejam na Terra – com excepção daqueles que Deus quiser – serão fulminados. Depois soará a trombeta outra vez, e então se porão

VII. O Advento de Duas Grandes Manifestações (1.ª parte)

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Em todos os Livros Sagrados o advento de duas Grandes Manifestações é anunciado. No Alcorão a Sua vinda é designada de entre outros nomes por "Grande Anúncio”. Para os muçulmanos as duas manifestações vindouras são designadas por “Imame Máhdi” e “ Messias ”. É crença de quase todos os muçulmanos, tanto xiitas como sunitas, as duas grandes ramificações do mundo islâmico, que o Messias reinará no mundo de acordo com a Sharia e aplicando a leis curânicas a toda a humanidade. Citamos a Sura da Ressurreição (LXXV, v 6), citando, “ Pergunta: “quando será o Dia da Ressurreição?” Quando a vista fique deslumbrada, a lua eclipsada e o Sol e a Lua estejam em conjugação.” O Sol e a Lua são as Manifestações Gémeas.

Testemunha, Arauto de Boas Novas e Admoestador (3.ª parte)

Todos os Profetas e Apóstolos de Deus são arautos de Boas Novas, Anunciadores e Admoestadores, tal como anunciado e confirmado nos versículos que abrem este capítulo. É importante reflectir no significado da função dos Profetas, à luz do Alcorão. De acordo com os seguintes versículos na Sura “Maria” (XIX, v.7): “Zacarias: Nós te anunciamos o nascimento de um menino cujo nome será Yahiya (João). Antes não lhe demos nenhum homónimo.” Na Sura “A Família de Imran” (III, v.45) “ Recorda-te de quando os anjos disseram: Ó Maria! Deus te anuncia um Verbo, emanado dEle, cujo nome é o Messias, Jesus, filho de Maria; será ilustre nesta vida e na outra; e estará entre os próximos de Deus.” João Baptista e Jesus foram Profetas, cuja vinda foi anunciada por Deus. Jesus era também um Apóstolo. Tal como nos doze filhos de Jacob, só José é referido como anunciador de boas novas porque estava destinado a tornar-se um Profeta. Maomé foi apontado por Deus como Anunciador de Boas Novas, indica que Lhe esta

Testemunha, Arauto de Boas Novas e Admoestador (2.ª parte)

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Na Sura “A Mesa” (V, v.48) “ Fizemos-te revelar o Livro com a Verdade, confirmando os Livros que já tinham e vigiando pela sua pureza. Julga entre eles segundo o que Deus revelou e não sigas as suas seduções afastando-te da verdade que te chegou. Instituímos para cada um de vós uma norma, uma lei e um caminho .” E Jesus é considerado uma testemunha de acordo com o seguinte versículo na Sura “A Mesa” (V, v.46): “ Fizemos-te seguir as pegadas dos Seus Profetas a Jesus, filho de Maria, confirmando assim a Tora que já tinham. Demos-lhe o Evangelho: nele há guia e luz. Confirmando assim a Tora que já tinham e era o seu guia, e como exortação para os piedosos. ” Estes versículos significam a unidade essencial dos Profetas e das suas Revelações, nas quais cada um confirmou as leis das Manifestações anteriores. Assim, Moisés foi um verdadeiro Apóstolo de Deus e Jesus foi enviado por Deus para ser testemunho da verdade da Sua Revelação, tal como o Evangelho foi dado à humanidade. Então os judeu

VII. Testemunha, Arauto de Boas Novas e Admoestador (1.ª parte)

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Na Sura (XXXIII, “Os Partidos” v.45) “Profeta! Enviámos-te como testemunha, anunciador, admoestador e missionário que conduz a Deus, com a Sua permissão. Enviámos-te como tocha reluzente. ” Na Sura (VI, “Os Rebanhos” v.48) “ Não mandámos os Enviados a não ser como anunciadores e exortadores. Os que crêem e se emendam não temam, pois não estão entre os afligidos.” Na sura “A Vaca” (II, v.213) “ Os homens formavam uma comunidade única, e Deus enviou-lhes os Profetas como anunciadores e admoestadores, e fez chegar através d’Eles o Livro com a verdade para julgar os homens aquilo em que divergiam.” No versículo na Sura “Os Partidos”, Deus refere-se ao Profeta Maomé. No versículo referido na Sura “Os Rebanhos” há a utilização de “Nós” (subentendido de acordo com as regras gramaticais do português) como referência para Deus que enviou os Profetas como anunciadores e exortadores.

Maomé “O Selo dos Profetas” (3.ª parte)

“Antes de ti não mandámos nenhum Enviado nem Profeta sem que o Demónio deitasse o pecado no seu desejo quando o desejavam mas Deus apaga o que deita o Demónio e em seguida confirma os Seus versículos – Deus omnisciente e sábio.” – Sura “A Peregrinação” (XXII, v. 52). Torna-se evidente que o sêlo da estação dos Profetas corresponde a uma mudança na administração da comunidade muçulmana, tal como comparando o sistema que era praticado na comunidade israelita durante o ministério de Moisés e o aparecimento de Jesus Cristo. No Alcorão ou nas tradições atribuídas ao Profeta Maomé há menção de “selagem” da estação de Apóstolo, prevendo uma futura Revelação Divina. Maomé não teve filhos varões, e adoptou um jovem escravo cristão Zayd Ibn Al-Hárithi como seu filho, depois de libertá-lo da escravidão e aceitando o seu pedido voluntário para ficar na casa do Profeta. Os Judeus daquela época tinham-se oposto de forma violenta à nova Revelação, viram uma oportunidade sem precedentes na adopção po

Maomé “O Selo dos Profetas” (2.ª parte)

Moisés é então identificado por Deus como Enviado e Profeta simultaneamente: um Enviado porque a Tora foi revelada por Ele e porque um nova lei foi estabelecida; e um Profeta porque Ele próprio seguiu, promoveu e protegeu a Lei durante a Sua vida. Assim, Aarão também era um Profeta porque protegeu a lei estabelecida por Moisés. Esta é a distinção entre um Apóstolo de Deus, ou Enviado, e um Profeta de Deus, encontrado no Alcorão. O argumento que sendo Maomé o “Selo dos Profetas” e todos os Apóstolos de Deus são Profetas, e que depois de Maomé não haverá mais Manifestações Divinas não tem base no Alcorão nem nas tradições islâmicas. Numa tradição atribuída a Maomé em Bukhári: “Os filhos de Israel foram governados por profetas. Quando um profeta falecia, outro havia de sucedê-lo. Mas não haverá profetas para Me sucederem, antes haverá Califas (ou Imames) ”. Numa outra tradição, o Profeta explica a estação dos Califas (ou Imames) que irão segui-Lo, designando-os por “ulamá” ou sábios: “Ver

VI. Maomé “O Selo dos Profetas” (1.ª parte)

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“ Maomé não é pai de um dos vossos homens, mas é o Enviado de Deus e Selo dos Profetas. Deus é sobre todas as coisas omnisciente .” - Sura “Os Partidos” (XXXIII, v.40). De acordo com o Alcorão e confirmado nos Escritos de Bahá’u’lláh, Maomé era simultaneamente um Profeta e um Apóstolo de Deus designado como o “Selo dos Profetas”. A interpretação deste título tem levado a que muitos muçulmanos não aceitem que possa ter havido uma Revelação Divina após a Revelação Maometana. Assim, o aceitar a Fé Bahá’í colide com a crença de muitos muçulmanos. Será útil tentar estabelecer a diferença entre “Profeta” e “Apóstolo” de Deus, e as diferentes interpretações de “Selo dos Profetas”. A palavra profeta em árabe é “nábi” que, pela literatura consultada, tem origem no hebraico e que quer dizer vidente ou previsor. No Antigo e Novo Testamento, a maneira de se prever o futuro é através de visões e sonhos. José teve uma visão, Daniel profetizou e São João tinha revelações. O termo Profeta significa Aq

O Significado de Muçulmano e de Islão

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Em Bukhári está registada a seguinte tradição atribuída a Maomé: “ Um muçulmano é aquele de quem das mãos ou boca não faz sofrer ninguém .” Nos seguintes versículos os significados de Islão e Muçulmano são explicados. “ Os beduínos disseram: “Cremos.” Responde: “Não credes! Dizei: Islamizámo-nos. “A Fé não entrou em vossos corações. Se obedecerdes a Deus e ao Seu Enviado, Deus não reterá parte nenhuma das vossas obras. Deus é inteligente, misericordioso.” - Sura “Os Aposentos” (LXIX, v.14). “ Os beduínos crêem que te favoreceram ao converterem-se de bom grado. Diz: “Não me favorecestes ao converter-vos ao Islão. Pelo contrário: Deus favoreceu-vos. Conduziu-vos à Fé se sois verdadeiros. ” - Sura “Os Aposentos” (LXIX, v.17). “ Na verdade, os que crêem, os que praticam o judaísmo, os cristãos e os sabeus – os que crêem em Deus e no Último Dia e praticam o bem – terão a recompensa junto do seu Senhor. Para eles não há temor .” Sura “A Vaca” (II, 62). Parece-nos ser importante referir que M