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A mostrar mensagens de maio, 2008

Resposta de Seattle, chefe índio

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Recorde-se a resposta atribuída a Seattle , chefe dos índios Duwamish ao responder a uma carta de Franklin Pierce , então presidente dos Estados Unidos, quando este pretendia adquirir as vastas terras índias: “ O Grande Chefe de Washington mandou dizer que deseja comprar a nossa terra. O Grande Chefe assegurou-nos também de sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois bem sabemos que ele não precisa de nossa amizade. Vamos porém, pensar em sua oferta, pois sabemos que se nã o o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. Como podes comprar ou vender o céu, e o calor da Terra? Tal ideia é-nos estranha. Se não somos donos da pureza do ar e do resplendor da água, como então podes comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente do pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina da floresta escura, cada clareira e insecto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que cir

A cultura índigena da América

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“” Rigoberta Menchu líder indígena guatemalteca e Prémio Nobel afirma: " o que mais nos magoa é que as nossas vestes são consideradas bonitas, mas é como se as pessoas que as vestem não existissem ”. A resolução do problema dos povos indígenas jamais deverá passar por uma aculturação a padrões que lhes são estranhos mas pelo reconhecimento do direito à terra, a real detenção da propriedade, e o direito a autodeterminação. Em 3 de Junho de 1996 os índios Jarará escreveram: ” Nós índios Caiova e Guarani da aldeia de Jarará Juti, Mato Grosso do Sul, vimos pedir a todas as pess oas e entidades que apoiam os índios, para mandar faxes e telegramas as autoridades competentes, com o objectivo de decidir em nosso favor sobre a nossa área indígena, decidimos não sair mais da nossa aldeia, que é onde nascemos e de onde o fazendeiro nos tirou e depois a justiça desprezou duas vezes. Vamos resistir até à morte e se não tiver jeito, vamo-nos suicidar em colectivo. Não podemo

Os Povos Nativos da América

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Documentos importantes de como o Homem pode ter uma ligação de amor à natureza são provenientes dos índios da América, ao lamentarem-se das violências a que, tanto eles próprios, como a natureza sofriam por parte de acção dos europeus, novos colonizadores da América. “ Sim, bem o sabemos quando vós chegais nós morremos ”, foi desta forma que Chiparopai, uma anciã Yuma, descreveu a conquista do Oeste norte-americano. Era uma altura em que para muitos era corrente considerar-se que “ índios bons são os índios mortos ”. Na brutal conquista da América, quando muitos povos e culturas foram exterminadas para todo o sempre, houve algumas vozes que se levantaram para defender os indefesos povos nativos, caso de alguns padres dominicanos. Bartolomé de Las Casas foi um deles, e escrevendo: “ entravam pelas aldeias, não poupando mulheres e crianças nem velhos, nem sequer mulheres prenhes a quem rasgavam o ventre e faziam em pedaços...Faziam apostas sobre qu

Refinaria de Badajoz / Alqueva

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Segundo a Agência Lusa os autarcas alentejanos do regolfo de Alqueva manifestaram-se preocupados com os eventuais impactos, na qualidade do ar e da água da albufeira, decorrentes da instalação de uma refinaria de petróleo em Badajoz (Espanha). Os cinco presidentes de municípios da zona envolvente de Alqueva garantiram não ter sido consultados para o relatório de consulta pública do projecto espanhol, já enviado para o país vizinho pelas autoridades portuguesas. " Não fomos consultados. A câmara municipal quer participar, mas, nesta fase, para nos podermos pronunciar, precisamos de ter informações sobre o conteúdo do projecto, o que não nos chegou até à data ", disse o autarca de Moura, José Maria Pós-de-Mina. Também o município de Reguengos de Monsaraz não emitiu qualquer parecer, tendo o presidente Vítor Martelo, garantido que acompanha " com preocupação " a possível instalação da refinaria na província de Badajoz. Uma preocupação motivada, disse, pela " e

Perseguição aos Bahá'ís no Irão

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Embora este blog esteja de momento voltado mais para a problemática ambiental do que a defesa dos direitos humanos não poderei deixar de falar daquilo que parece ser um recrudescimento da perseguição aos Bahá'ís no Irão - berço da Religião Bah á'í. Enquanto no nosso país vivemos um clima de liberdade religiosa o mesmo não se passa no Irão onde a perseguição à Fé Bahá’í tem sido uma constante. Na manhã de 14 de Maio do ano corrente seis dos membros do grupo coordenador das actividades da comunidade Bahá’í viram as suas residências devassadas, sendo conduzidos de forma compulsória para a Prisão Evin, em Teerão. Posteriormente, foi preso um sétimo membro, que exerce as funções de secretário. Lembramo-nos dos graves acontecimentos ocorridos de 1980 a 1981. Nesta altura nove membros da Assembleia Espiritual Bahá’í do Irão foram raptados e desapareceram sem rasto, ao que se seguiu uma nova eleição da Assembleia Espiritual Bahá’í. A situação repetiu-se, uma vez mais, quando no di

Diferentes perspectivas de diferentes povos sobre a Natureza

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Há ainda uma ideia interiorizada no pensamento contemporâneo que consiste no conceito de trabalho ser reduzido à ideia de um emprego remunerado que pro porcione ao indivíduo os meios para consumir os meios disponíveis. O sistema é circular: poder de compra e consumo resultam na manutenção e expansão de produção de bens e, em consequência, sustentam o emprego remunerado. A actual perspectiva consumista do mundo ocidental faz das idas as compras uma actividade recreativa. Parece, por vezes, que consideramos os recursos naturais como ilimitados. A cultura ocidental, tradicionalmente orientada segundo a doutrin a cartesian a, considera os seres humanos como sendo separados da Terra e independentes do ecossistema. No entanto, a as religiões ancestrais de povos longínquos, incluindo na Europa, mostravam quase sempre uma grande reverencia para com a Natureza. Se observarmos atentamente mesmo nas grandes religiões mundiais existe uma grande amor para com a Nature

Valores Espirituais / Questão Ambiental

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Bahá’u’lláh descreve o facto de aqueles cujas vidas demonstram uma imprudência pelos valores espirituais e estão em falta em conformidade com esses valores. Ele comenta: “...andais sobre Minha Terra, contentes, satisfeitos convosco mesmos, sem perceberdes que Minha Terra se enfastia de vós. que tudo nela se vos evade...” [i] Shoghi Effendi assevera que a negligencia do Homem contribui para o declínio da " presente ordem mundial " [ii] e enfatiza a questão ambiental da seguinte forma: “ A violenta desorganização do equilíbrio do mundo; o estremecimento que acometerá os membros da humanidade; a transformação radical da sociedade humana; o cilindrar da ordem actual; as mudanças fundamentais afectando as estruturas governamentais;... o desenvolvimento das máquinas infernais de guerra; o incendiar das cidades; a contaminação da atmosfera terrestre - estas provas evidentes como os sinais e presságios que deverão anunciar ou aco

Aproximação ao Mundo Material - Interacção entre o Espiritual e o Material

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‘Abdu’l-Bahá enfatiza que o desenvolvimento do mundo material e a felicidade humana estão dependentes de ambos o “ designado por civilização, do progresso mundo materia l” [i] e o “chamado que procede de Deus, que comove a alma, cujos ensinamentos espirituais são salvaguardados da glória, da felicidade e da iluminação eterna do mundo da humanidade” . [ii] Conforme Ele afirma: Todavia, enquanto as conquistas materiais, as realizações no plano físico e as virtudes humanas não forem reforçadas por benesses espirituais, por qualidades luminosas e características misericordiosas, nenhum fruto, nenhum resultado delas advirá, e tão pouco se alcançará a meta suprema: a felicidade do género humano. Pois se por um lado os avanços materiais e o desenvolvimento do mundo físico engendram prosperidade, a qual manifesta com requinte seus objectivos definidos, por outro lado, há perigos, calamidades terríveis e aflições violentas iminentes. Por

A unidade do género humano

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Seguindo a interpretação do Guardião da Fé Bahá'í: “ A unidade do género humano, tal como foi concebida por Bahá’u’lláh, pressupõe o estabelecimento de uma comunidade mundial em que todas as nações, raças, credos e classes estejam solidárias e permanentemente unidas, e em que a a utonomia dos seus estados membros e a liberdade e iniciativa individual das pessoas que a compõem esteja definitiva e totalmente salvaguardada. Nessa sociedade mundial, a ciência e a a religião, as duas forças mais potentes na vida humana, reconciliar-se-ão, cooperarão, e desenvolver-se-ão harmoniosamente... Os recursos económicos do mundo serão organizados, as suas fontes de matérias-primas serão empregues e integralmente utilizadas, os seus mercados serão coordenados e desenvolvidos, e a distribuição dos seus produtos será equitativamente regulamentada. Rivalidades nacionais, ódios e intrigas cessarão, e a animosidade racial e preconceitos se

A Eleição da Casa Universal de Justiça

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" Ó vós, Homens de Justiça! Sede vós, no domínio de Deus, os pastores de Suas ovelhas e protegei-as dos lobos vorazes que aparecem disfarçados, do mesmo modo como defenderíeis vossos próprios filhos. Assim vos exorta o Conselheiro, o Fiel ." Embora já tenha sido referida a eleição da Casa Universal de Justiça nos blogs do Marco e do Sam , não poderia deixar de focar esta assunto. Numa cerimónia em que a dignidade e o diverso combinaram numa harmonia já profetizada, os Bahá'ís, provenientes de 153 países, elegeram a Casa Universal de Justiça. Embora estivessem representadas 166 Assembleias Nacionais, já que os territórios autónomos têm Assembleias Nacionais, tais como o Alasca ou as Canárias. Os membros da Casa Universal de Justiça são : Farzam Arbab, Kiser Barnes, Peter Khan, Hooper Dunbar, Firaydoun Javaheri, Paul Lample, Payman Mohajer, Shahriar Razavi, Gustavo Correa. Do tempo que estive em Israel (1996-97) ainda continuam Farzam Arbab, Peter Khan, Hooper Dunbar e Pa