Refinaria de Badajoz / Alqueva
Os cinco presidentes de municípios da zona envolvente de Alqueva garantiram não ter sido consultados para o relatório de consulta pública do projecto espanhol, já enviado para o país vizinho pelas autoridades portuguesas.
"Não fomos consultados. A câmara municipal quer participar, mas, nesta fase, para nos podermos pronunciar, precisamos de ter informações sobre o conteúdo do projecto, o que não nos chegou até à data", disse o autarca de Moura, José Maria Pós-de-Mina.
Também o município de Reguengos de Monsaraz não emitiu qualquer parecer, tendo o presidente Vítor Martelo, garantido que acompanha "com preocupação" a possível instalação da refinaria na província de Badajoz.
Uma preocupação motivada, disse, pela "eventual poluição" que o projecto "poderá ter no rio Guadiana e, por consequência, no grande lago de Alqueva", para onde estão previstos vários empreendimentos turísticos.
"Se a qualidade da água e do ar forem afectadas de forma negativa poderão ser prejudicados os importantes investimentos turísticos projectados para esta região, causando graves danos financeiros aos promotores e, eventualmente, inviabilizando a criação de um destino turístico que se quer de elevada qualidade ambiental", disse.
Por outro lado, Norberto Patinho, presidente do município de Portel e da Associação Transfronteiriça dos Municípios das Terras do Grande Lago - Alqueva, também garantiu que os autarcas estão "atentos e com "alguma preocupação".
Contudo, sublinhou, os municípios "acreditam que o processo está a ser devidamente acompanhado pelo Governo português" e estão "confiantes que as entidades competentes saberão actuar da melhor forma".
O presidente do município de Alandroal, João Nabais, garantiu que, "desde que sejam tomadas as devidas precauções", não o "choca" um projecto que, ao mesmo tempo que "respeita as normas de protecção ambiental", irá trazer "desenvolvimento e inovação".
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Obrigado, Busarakham.