Biodiversidade (6) - Amazónia

A destruição da Selva Amazónica é um exemplo flagrante de como toda a Humanidade sofre com a destruição de um recurso planetário desde as queimadas com as resultantes emissões de CO2, a destruição do património genético de flora e fauna, grande parte ainda será desconhecido, que uma vez destruído jamais poderá ser recuperado, este património será de uma grande riqueza para a produção de produtos farmacêuticos e outros fins ainda não identificados.
Infelizmente os solos tropicais são pobres e poucos anos após serem explorados, ficam exaustos e a terra é abandonada. A possibilidade de um ecossistema semelhante voltar ao mesmo espaço de terra é muito remota.

Calcula-se que o ritmo actual de devastação das florestas tropicais têm como consequência a extinção anual de entre 0.2% a 0.3% das espécies.

Estudos indicam há um maior número de diferentes espécies de pássaros em cada milha quadrada na Amazónia do que existem em toda a América do Norte - o que significa que estamos destruindo silenciosamente sons que nunca ouvimos antes.

Nas zonas tropicais apenas 5% dos nutrientes se encontram no solo e 95% na própria floresta. Nas zonas gélidas, como os Alpes ou Himalaia, é o inverso. Esta será um das razões de tão abundante biodiversidade.

Assim, aquando do desbravamento de uma floresta tropical, 95% dos seus nutrientes são lixiviados, sendo uma ilusão que estes solos são férteis para a prática agrícola. As chuvas tropicais são abundantes e fortíssimas, desta forma os solos sem a protecção das árvores são destruídos e arrastados, tornando impossível a prática agrícola intensiva.

Cerca de 90% das espécies vegetais e animais viverão sob as chuvas tropicais. Estes valores significam que a velocidade de extinção de seres é 10 mil vezes superior à que ocorreria naturalmente sem a acção da espécie humana.

Caso se extermine grande parte deste potencial genético serão necessários 100 milhões de anos para se recuperar as espécies desaparecidas.

Segundo o grupo ambientalista Conservation International mais de dois terços da biodiversidade do Planeta encontram-se em 17 países. O critério de classificação baseou-se no número de espécies de mamíferos, répteis anfíbios, aves e plantas que existem nesses países e o número de espécies que apenas existem nesse determinado país. O Brasil é o líder incontestado, ai vivem 20 por cento das espécies mundiais de plantas, das quais um terço não existe em nenhum outro local do mundo.

O Conservation International, referindo-se à conservação da biodiversidade nesses países, afirma que: “Isto representa não apenas uma grande responsabilidade, mas também uma enorme oportunidade em termos económicos”.

Edward Wilson, especialista em biodiversidade e professor na Universidade de Harvard alerta:
Ao actual ritmo estamos condenados a perder 20 por cento de todas as espécies actuais nos próximos 30 anos. Temos de fazer qualquer coisa para o evitar. Caso contrário sofreremos a maior extinção de vida que ocorreu no planeta desde que um meteorito chocou com a Terra há 65 milhões de anos, terminando com a era dos dinossauros”.

Os 17 países mais ricos do mundo em termos de biodiversidade são, por ordem decrescente: Brasil, Colômbia, Indonésia, China, México, África do Sul, Venezuela, Equador, Peru, Estados Unidos, Papua-Nova Guiné, Índia, Austrália, Malásia, Madagáscar, Congo e Filipinas.

Comentários

Sliver disse…
Obrigado pelas informações que me transmitiu. É uma pena que não exista uma boa tradução do Corão em português. Parece que o editor do Al-Furqán estaria a preparar uma. Só espero que não seja traduzida por ele. O homem tem muita boa vontade, que até já lhe valeu (no mínimo) uma medalha da Arábia Saudita, mas não sabe português.
antónio paiva disse…
.................
continuas a fazer aqui um excelente trabalho
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Bom fim-de-semana
AlTaher disse…
Um bahá???!!!
Salam Moutinho. Pena não estar na República Islâmica do Irão. Lolol.
Um abraço, apesar de tudo.
Angel disse…
João,

vim agradecer as tuas amaveis palavras no meu blog.

jitos e bom fim de semana
Anónimo disse…
Espero que as consciências ainda estejam a tempo de mudar... que nao seja tarde demais...
antónio paiva disse…
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Bom dia!

"hoje apeteceu-me falar contigo"
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Bom fim-de-semana
Anónimo disse…
O Pinto Ribeiro anda cheio de heterónimos.
Porque é que não apareces outra vez lá no Diário Ateísta?
Pode ser que eles já te tenham perdoado.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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