Epístola de Bahá'u'lláh aos Cristãos - Introdução


Não há a certeza a quem foi dedicada esta Epístola. Sendo possível que tivesse sido revelada a um cristão sírio, Faris Effendi, que veio a aceitar a Fé Bahá’i.

A Epístola foi escrita em árabe. Tendo sido publicada na íntegra em inglês em “Epístolas de Bahá’u’lláh” (1978).

Lawh-i-Aqdas é uma reafirmação das “certezas” já proclamadas por Bahá’u’lláh. Pudemos mesmo encontrar algumas semelhanças entre esta Epístola e o “Kitáb-i-Iqan”.

No entanto, esta Epístola faz uma proclamação directa aos cristãos – marginalizando mesmo os muçulmanos na proclamação da Causa.

O título de “Epístola Sacratíssima” faz-nos crer que terá um significado glorioso.

Mesmo estando perante um caso especulativo podemos considerá-lo como representando o papel primordial que os cristãos terão na disseminação da Causa. O cumprimento das profecias cristãs têm-se mantido vivas e chegou a época da “colheita”, do cumprir das profecias. A receptividade à Fé Bahá’í na Sua terra natal, em particular, e no mundo islâmico em geral teve muitas semelhanças com aquela que ocorreu com Jesus de entre o Seu povo.

A própria forma como as Religiões se disseminaram e desenvolveram tem grandes semelhanças. O cristianismo teve os seus primeiros aderentes de entre os poucos judeus que aceitaram Jesus como Messias, logo estes transmitiram a nova Religião aos gregos – língua em que está preservada o Evangelho de São João. Paulo levou a Religião para a então longínqua Roma. Ou seja o cristianismo veio a “brilhar” essencialmente no Ocidente. Algo de semelhante pudemos entender que vai ocorrer que já está a ocorrer neste Nova Revelação.

Bahá’u’lláh nesta Epístola exorta os cristãos para não cometerem com Ele os mesmos erros que os fariseus cometeram com Jesus. Confirma ser o mesmo Espírito que veio outrora e que com Ele chegou a época da “colheita”, do cumprimento das profecias.
Conforme considerado na bibliografia por nós consultada é referido que Bahá’u’lláh utiliza muitas vezes uma linguagem que reflectem a Sua aparente herança cultural. Nesta Epístola são usados muitos termos comuns aos cristãos que poderão resultar de no próprio Alcorão serem várias as referências ao Novo e Antigo Testamentos e às pessoas do Messias e Moisés.

Logicamente que a Mensagem Bahá’í é universalista por natureza, dirige-se a toda a humanidade mas esta tem um carácter específico para os seguidores de Cristo até porque Bahá’u’lláh contrapõe-os aos muçulmanos.

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