somos via-lacteanos
O astrónomo Hubert Reeves escreve: ”...O conhecimento do céu tem também uma outra dimensão, que esta relacionada com o enraizamento. As rápidas modificações dos padrões de vida - acompanhando o ritmo dos progressos tecnológicos - fazem que o homem contemporâneo não se sinta em parte nenhuma. Pode ver-se na recuperação pelo interesse pelos regionalismos, uma reacção contra esse sentimento de alienação em relação ao mundo moderno.
Cada um sente a necessidade de pertencer a qualquer coisa e procurar desesperadamente as suas raízes, correndo o risco de inventar todas as componentes desse quadro. Uma das razões da actual popularidade da astronomia é, creio eu, a ligação que ela mostra entre o homem e as estrelas. Longe de ser um estranho no Universo, como ensinam os existencialistas, as recentes descobertas da astronomia indicam o nosso parentesco com tudo o que brilha no céu. Nós estamos em dívida para com as estrelas por elas terem fabricado os átomos de que são constituídas as moléculas dos olhos que as observamos.
O sentimento de dependência, de que tanta necessidade temos, é-nos dada pela astronomia com um sentido muito mais satisfatório que os nossos manuais de história. Antes de sermos franceses ou canadianos, negros ou brancos, homens ou mulheres, nos somos terrestres, solares, “via-lacteanos”, filhos e filhas do universo. As nossas raízes estão nas estrelas”.[i]
Bahá’u’lláh afirma:
Comentários
Obrigado!
Aquele onde repousa a "nossa" Via Láctea, que nestas noites de lua nova conseguimos contemplá-la.
Grata pela visita
Abraços
Caro João,
como já te disse os teus blogues fascinam-me, pelo conteúdo, não me canso de te dizer que fazes um trabalho magnífico
sempre que aqui chego, perco-me como um miúdo fascinado
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Abraço e noite serena
Tenho como objectivo essencial transmitir a ideia que somos criaturas feitas do mesmo material que as estrelas - citando Hubert Reeves, e que temos como objectivo, adorar O Criador.
Sei que hoje temos uma imagem da Religião, e neste caso incluo os próprios crentes, como sendo algo redutora e eu tento mostrar que essa ideia resultou de alguns equívocos (como o Tribunal do Santo ofício) que ocorreram durante a nossa História.