Cisma ciência/religião

A separação dos princípios morais da ciência na era pós-revolução industrial permitiu as atrocidades dirigidas por Hitler ou Estaline, e praticadas de uma forma eficiente e mecânica por parte dos seus seguidores. Atingiu-se a “banalidade do mal”.

Muitas dessas calamidades poder-se-iam ter evitado caso não tivesse havido o cisma entre ciência e religião.
Aquilo que resultou no extermínio em massa nos campos de concen tração foi o resultado do somatório de pequenos males, perpetrados por milhares de seres humanos que mesmo não concordando com o que se passava deixaram-se arrastar pelo ambiente que os rodeava. Aquando dos julgamentos de Nuremberga muitos afirmaram que apenas “cumpriram ordens” ou que não sabiam de nada. Mas a existência das gerações vindouras está sendo posta em causa pelas contínua ruptura com o equilíbrio ambiental. E se as imagens com crianças famintas mostradas na televisão são chocantes, o mundo que as gerações futuras poderão herdar também deveria ser alvo de uma franca atenção.

A nossa responsabilidade e escusa na inércia da sociedade poderão vir a provocar “refugiados ambientais”. A desculpa de que como seres individuais não poderemos fazer nada perante essa
inércia deverá ser posta de lado. A civilização jamais poderá estar separada do mundo natural. A harmonia entre ciência e religião é indispensável para um futuro harmonioso. Assim os programas de desenvolvimento de um qualquer pais jamais deverão desprezar a componente ambiental.

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