XIV. A Questão dos Milagres
Em termos enfáticos o Alcorão distingue entre crentes e não crentes, os de vista aguçada dos cegos, os de pureza de coração dos ímpios, os ouvintes dos surdos. Estas imagens representam uma vivência espiritual. Aqueles que não estão cegos – os que vêem – reconhecem o “Sol da Realidade”, não encontrando diferença fundamental entre as diferentes Revelações de Deus.
“Aqueles a quem demos o Livro antes deste Alcorão crêem nele.
E quando se lho recita, exclamam: “Cremos nele. É a verdade proveniente do nosso Senhor! Nós éramos submissos [muçulmanos] antes da sua chegada!”.”
- Sura “O Relato” (XXVIII, v.52-53)
Desta forma, a espiritualidade assinalada para aqueles que eram os depositários de um Livro revelado antes do Alcorão confirma que eles eram submissos (palavra que outros tradutores consideram como muçulmanos) antes de ser revelado, e continuaram a sê-lo à luz da sua Revelação.
O Alcorão descreve a cegueira espiritual da seguinte forma:
“Criámos para o Inferno muitos génios e muitos homens; têm corações que não compreendem, olhos que não vêem, ouvidos que não ouvem: são como os rebanhos, ou mais extraviados ainda, porque esses não compreendem.”
- Sura “O Muro” (VII, v.179)
O que pode convencer tais povos a abrir os seus olhos para a Luz da Verdade, limpar os ouvidos para o chilrear do Rouxinol da Verdade ou abrir os corações para as Copiosas Chuvas da Verdade?
“Se tivéssemos feito descer sobre eles os anjos, se os mortos lhes tivessem falado, se tivéssemos reunido diante deles todas as coisas, não teriam acreditado senão naquilo que Deus quisesse. Mas na sua maior parte são ignorantes.”
- Sura “Os Rebanhos” (VI, v.111)
Há um episódio em que os descrentes pedem um milagre:
“Dizem: “não acreditaremos em Ti antes de fazeres brotar uma fonte da terra.
Ou de teres um jardim de palmeiras e videiras através dos quais corram rios abundantemente.
Ou de fazeres caíres sobre nós, segundo afirmas o Céu aos pedaços, ou de trazeres manifestamente Deus e os anjos.
Ou de teres uma casa cheia de ornamentos, ou subires ao Céu. Não acreditaremos na Tua ascensão antes de fazeres um Livro que possamos ler.” Responde: “O meu Senhor seja louvado! Sou alguma coisa mais do que um mortal, do que um enviado?”
- Sura “A Viagem Nocturna” (XVII, v. 90-93)
O Alcorão confirma a revelação de milagres, como sendo parte integrante do poder dos Profetas, mas condena o povo que não acreditou Nestes.
“Impede-nos de enviar os sinais que solicitem aos habitantes de Meca o facto de os antigos os desmentirem. Por exemplo: demos a camela ao povo de Çamud como sinal manifesto, mas foram injustos com ela. Não enviámos os sinais a não ser com intimidação.”
- Sura “A Viagem Nocturna” (XVII, v. 59)
“Aqueles a quem demos o Livro antes deste Alcorão crêem nele.
E quando se lho recita, exclamam: “Cremos nele. É a verdade proveniente do nosso Senhor! Nós éramos submissos [muçulmanos] antes da sua chegada!”.”
- Sura “O Relato” (XXVIII, v.52-53)
Desta forma, a espiritualidade assinalada para aqueles que eram os depositários de um Livro revelado antes do Alcorão confirma que eles eram submissos (palavra que outros tradutores consideram como muçulmanos) antes de ser revelado, e continuaram a sê-lo à luz da sua Revelação.
O Alcorão descreve a cegueira espiritual da seguinte forma:
“Criámos para o Inferno muitos génios e muitos homens; têm corações que não compreendem, olhos que não vêem, ouvidos que não ouvem: são como os rebanhos, ou mais extraviados ainda, porque esses não compreendem.”
- Sura “O Muro” (VII, v.179)
O que pode convencer tais povos a abrir os seus olhos para a Luz da Verdade, limpar os ouvidos para o chilrear do Rouxinol da Verdade ou abrir os corações para as Copiosas Chuvas da Verdade?
“Se tivéssemos feito descer sobre eles os anjos, se os mortos lhes tivessem falado, se tivéssemos reunido diante deles todas as coisas, não teriam acreditado senão naquilo que Deus quisesse. Mas na sua maior parte são ignorantes.”
- Sura “Os Rebanhos” (VI, v.111)
Há um episódio em que os descrentes pedem um milagre:
“Dizem: “não acreditaremos em Ti antes de fazeres brotar uma fonte da terra.
Ou de teres um jardim de palmeiras e videiras através dos quais corram rios abundantemente.
Ou de fazeres caíres sobre nós, segundo afirmas o Céu aos pedaços, ou de trazeres manifestamente Deus e os anjos.
Ou de teres uma casa cheia de ornamentos, ou subires ao Céu. Não acreditaremos na Tua ascensão antes de fazeres um Livro que possamos ler.” Responde: “O meu Senhor seja louvado! Sou alguma coisa mais do que um mortal, do que um enviado?”
- Sura “A Viagem Nocturna” (XVII, v. 90-93)
O Alcorão confirma a revelação de milagres, como sendo parte integrante do poder dos Profetas, mas condena o povo que não acreditou Nestes.
“Impede-nos de enviar os sinais que solicitem aos habitantes de Meca o facto de os antigos os desmentirem. Por exemplo: demos a camela ao povo de Çamud como sinal manifesto, mas foram injustos com ela. Não enviámos os sinais a não ser com intimidação.”
- Sura “A Viagem Nocturna” (XVII, v. 59)
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