XIII. Recompensa e Punição


Regresando ao estudo do Alcorão e ao "Dia Solene".

O Julgamento e a Nova Manifestação

O Equilíbrio

Vida e Morte

O Sol, a Lua, as Estrelas, O Céu e a Terra

Os temos debatidos neste capítulo não são exclusivos de profecias islâmicas, há mesmo um grande paralelismo com as crenças cristãs e judaicas. Tanto o Antigo Testamento como o Novo Testamento fazem referência a esses assuntos.

Recompensa e Punição

No Alcorão é referido que aqueles que acreditarem e se mantiverem firmes serão recompensados com o Paraíso:

Com efeito, dos que dizem: “O nosso Senhor é Deus”, e depois se mantém no bom caminho, não há que temer: eles não serão entristecidos.
Estes serão os hóspedes do Paraíso: eternamente viverão nele, em recompensa do que hajam feito
.”
- Sura “As dunas” (XLVI, v.13-14)

O Inferno e o fogo é a recompensa para aqueles que desobedecem a Deus:

Os homens perguntam-te acerca da Hora do Juízo. Responde: “O seu conhecimento está junto de Deus.” Que te pode informar? Talvez a Hora esteja próxima.
Deus amaldiçoou os incrédulos e prepara-lhes um fogo em que permanecerão eternamente. Não encontrarão amigo nem defensor, no dia em que os seus rostos se dirijam para o fogo. Exclamarão: “Melhor seria que tivéssemos obedecido a Deus e tivéssemos obedecido ao Enviado!”
Acrescentarão: “Senhor nosso! Obedecemos aos nossos senhores e aos nossos grandes, mas fizeram-nos extraviar na senda.”
Os crentes dirão: “Dá-lhes duplo tormento e amaldiçoa-os com a pior maldição.”

- Sura “Os Partidos” (XXXIII, v. 63-68)

A punição também está relacionada com o destino das nações. O Alcorão refere-se a este facto com aquelas que rejeitaram Maomé:

“Não viram quantas gerações aniquilámos antes deles? Estabelecemo-las na Terra melhor do que vos estabelecemos, fizemo-lhes cair do Céu chuvas abundantes e pusemo-lhes rios que corressem pelos seus vales, mas aniquilámo-las pelos seus pecados e fizemos nascer, depois delas, outras gerações.”
- Sura “Os Rebanhos” (VI, v. 6)

Este é o destino para aqueles que se recusam a acreditar no Apóstolo de Deus. O Alcorão refere-se às gerações que foram destruídas devido aos seus pecados e substituídas por outras, fazendo-nos crer que não há razão para considerar que a nação islâmica é a última nação ou que outras não serão colocadas no lugar dela. Daí a razão de os muçulmanos serem designados de “comunidade moderada”- Sura “A Vaca” (II, v.143). Não deveremos esquecer o aviso dos Profeta para os eruditos que desviam os crentes.

Comentários

Anónimo disse…
Não entendi muito bem o seu raciocino na última parte (..., fazendo-nos crer que não há razão para considerar que a nação islâmica é a última nação ou que outras não serão colocadas no lugar dela. Daí a razão de os muçulmanos serem designados de “comunidade moderada”)
Em relação a (os incrédulos) tem a ver com o ponto de vista, se considerássemos (os incrédulos) segundo ponto de vista islâmica sendo todos que não crêem em Maomé então faria sentido: (e prepara-lhes um fogo em que permanecerão eternamente. Não encontrarão amigo nem defensor, no dia em que os seus rostos se dirijam para o fogo.); está a ver onde quero chegar? Está a ver algum cenário que seja descrição destas palavras?
No entanto o que falta neste cenário é esta parte (Exclamarão: “Melhor seria que tivéssemos obedecido a Deus e tivéssemos obedecido ao Enviado!”) ou seja ao Maomé.
Embora para nós possa parecer cruel e horrendo mas para quem interprete estes versos por este rumo faria bastante sentido continuar o seu desempenho até que os povos (Exclamarão: “Melhor seria que tivéssemos obedecido a Deus e tivéssemos obedecido ao Enviado!”).
Encontrei na Bíblia, Livro Lucas-22, estas palavras e vou citá-las, elas estão rodando em alguns países islâmicos depois do discurso do Papa: “...36quem não tiver espada, venda o manto para comprar uma. 37 Porque eu lhes declaro: é preciso que se cumpra em mim a palavra da Escritura: ‘Ele foi incluído entre os fora-da-lei.”
Agora só resta decidir ver estas palavras isolada e furiosamente ou tentar compreender o seu sentido em relação às palavras anteriores e às posteriores numa visão neutra.
João Moutinho disse…
O termo "comunidsde moderada" é o utilizado na versão da Editor Europa-América. Noe entanto, já encontrei traduções do Alcorão para inglês que me faz crer que o mais correcto seria utilizar "comunidade intermédia" mas como é evidente utilizo uma tradução reconhecida por membros da comunidade islâmica portuguesa.

Quando Maomé avisa que "quantas gerações aniquilámos antes deles" será porque há uma repetição de comportamentos de diferentes povos e que as consequências serão semelhentes.

Quanto aos "incrédulos" (e no meu modeste pensamento) serão acima de tudo aqueles que combateram e fuzilaram O Imame Mahdi, o Báb, e agrilhoaram "O Grande Anúncio", Bahá'u'lláh. Pois o Seu não reconhecimento será a negação de Maomé. Não nos esqueçamos daquele episódio nos Evangelhos em que Jesus, após os Fariseus o contestarem disse qualquer coisa como "Não sou Eu que vos vou acusar aO Pai mas sim Moisés".

Os cenários descritoss têem sempre um significado simbólico mas não poderá haver maior desolação do que o não reconhecimento da manifestção Divina.

Agradeço-lho as suas quetões, sendo os seu contributos sempre bem-vindos.
Anónimo disse…
Estou aqui pensando na sua perspectiva em relação a "os incrédulos", não querendo discuti-la, achei necessário relembrar que ao ponto de vista islâmica a sua Religião não existe e logo a negação ao Báb e Bahá'u'lláh (na maneira como você coloca a questão) não teria nenhum sentido.
Se procurar indagar sobre o assunto verá que a definição de "os incrédulos" se aplica mesmo a quem não é muçulmano, apesar do que possa dizer que o Islão aceita as outras as religiões, um facto que também concordo.
O meu argumento no primeiro comentário foi só uma tentativa boba de querer justificar as atitudes dos grupos radicais islâmicas quando ameaçam os povos não muçulmanos
João Moutinho disse…
Daniella,
Quando se discute civilizadamente não há "tentativas bobas", há perspectivas diferentes.
Sob o meu ponto de vista, uma das funções da Religião Islâmica (já explicado em post anteriores), foi preparar a vinda de Bahá'ulláh. Naturalmente que Ele não surgiu com a Sua Glória visível aos olhos humanos, pois não haveria mérito em aceitá-lO.
Maomé é bastante explícito ao dizer aos crentes para não seguirem os seus senhores terrenos como explicado na Sura “Os Partidos” (XXXIII, v. 63-68).

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