Pequena descrição da vida de Maomé - 4.ª parte

Maomé disse a todos os seus seguidores para se dirigirem para Yathrib, tendo apenas ficado em Meca Ali, Zayd, Abu Bacre e o próprio Maomé. Os líderes de Meca ficaram alarmados com este acontecimento. Quarenta dos notáveis mecanos, reunidos em conselho, decidiram matar Maomé. Nessa mesma noite, no entanto, Maomé abandonou a cidade juntamente com Abu Bacre tendo-Se refugiado numa gruta.

Ali dormiu na cama do Profeta de forma a enganar os assassinos que tinham combinado matar em conjunto o Profeta para que a responsabilidade caísse sobre todos. Nessa manhã os assassinos ficaram furiosos ao descobrirem terem sido enganados, a vida de Ali correu perigo. Apesar de todas as buscas Maomé não foi encontrado e alcançou Yathrib, a que Ele chamou “Madínat na Nabí”, o que em Português quer dizer “Cidade do Profeta”, na sua forma mais curta designa-se por Medina. Neste ano de 622, significou um ponto de viragem na força da comunidade maometana, a partir deste ano inicia-se a contagem da Hégira, ou Emigração, o início do calendário islâmico.

Quando Maomé chegou a Medina os Seus seguidores ainda formavam uma minoria, mas Maomé gozava de grande prestígio, pois já antes de ter iniciado a sua missão tinha sido convidado para arbitrar conflitos entre diferentes tribos. O Seu papel nos primeiros anos que viveu em Medina tinha uma característica essencialmente político. Procurou estabelecer laços de cooperação entre facções rivais. No primeiro ano conseguiu forma uma confederação de todos os grupos rivais existentes em Medina. Esta aliança obrigava a que combatessem um inimigo comum exterior, não realizassem uma paz separada com o inimigo, não abrigassem ninguém que tivesse cometido um crime. Esta aliança fez de Medina um Santuário da Sabedoria do julgamento de Maomé. As tribos judaicas estavam incluídas nesta aliança e gozavam dos mesmos direitos que quaisquer outras.

De forma a fortalecer os laços na comunidade maometana o Profeta ordenou a todos os crentes que viessem de Meca para a adoptar um dos crentes de Medina como seu irmão de sangue.

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