O Islão após a morte de Maomé
A seguir à morte do Profeta, uma assembleia de muçulmanos escolheu Abu Bacre para liderar a comunidade, foi então o primeiro califa. O califado de Abu Bacre (632 – 634) apenas durou dois anos, os eventos mais importantes resultam da necessidade de esmagarem a revolta de muitas tribos árabes que abandonaram o Islão após a morte de Maomé.
Abu Bacre apontou como seu sucessor Omar. Durante o seu califado (634 – 644) os exércitos do Islão alcançaram vitórias notáveis contra os outrora todo-poderosos impérios persa e bizantino. A sucessão de Omar foi decidida por uma conselho de seis homens apontados por ele próprio. Este conselho nomeou como seu sucessor Uthman, membro do clã dos Omíadas. O seu califado (644 – 656) durou doze anos mas tornou-se francamente impopular nos últimos anos, o que conduziu ao seu assassinato. Em 656 Ali foi nomeado califa. No entanto, Muavia e o clã dos Omíadas rebelaram-se e causaram a morte de Ali em 661 abrindo assim caminho para o califado de Muavia e posterior domínio dos Omíadas no mundo islâmico.
Esta dinastia, que trouxe a capital para Damasco teve um total de catorze governantes, durou até ao ano 750 (132 DH). Muitos historiadores islâmicos consideram esta dinastia como corrupta, pérfida e traiçoeira. Em 750 ocorreu uma revolta que os depôs tendo sido substituídos pelos Abássidas, descendentes do tio de Maomé, al-Abbás – apenas a Espanha ficou sob domínio Omíada. Em 763 mudaram a capital para Bagdad e durante 150 anos governaram o mundo islâmico. No entanto, o poder árabe na comunidade islâmica ia-se dissipando sendo substituído pelos persas e sobretudo pelos turcos.
Com o emergir do Império Otomano – de raízes turcas – e a tomada de Constantinopla o califado mudou-se para aí. Este Império veio a dominar os Balcãs e chegou às portas de Viena, capital do Sacro Império Romano – Germânico. Após a primeira guerra mundial desmoronou-se e o califado otomano terminou em 1924.
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