Prémio Nobel da Física
Nambu , receberá metade do prémio pela "descoberta do mecanismo de ruptura espontânea de simetria em física subatómica", segundo o júri do Comité Nobel.
Os seus trabalhos alimentam a teoria do "Modelo Standard", que tenta descrever as partículas elementares que ajudam a explicar a natureza da matéria e as origens do Universo, criado no "Big Bang" há 14 bilhões de anos.
Os dois cientistas japoneses foram premiados pela "descoberta da origem da ruptura espontânea de simetria que supõe a existência de pelo menos três famílias de quarks na natureza", acrescenta o Comité.
O quark é uma partícula subaquática fundamental de carga eléctrica fraccionário (2/3 ou 1/3 da carga do electrão) e de spin + 1/2, considerada um dos constituintes fundamentais da matéria.
A questão da simetria faz parte dos grandes enigmas da Física. Durante a formação do Universo, no momento do Big Bang, foram produzidas quantidades iguais de matéria e de antimatéria que deveriam ter se anulado mutuamente.
"No entanto, não foi isto que aconteceu", destaca o comunicado do Comité Nobel. "Houve um desvio minúsculo de uma partícula suplementar de matéria por cada 10 bilhões de partículas de antimatéria. É esta ruptura de simetria que parece ter permitido a sobrevivência de nosso Universo", acrescenta a Academia.
Até hoje boa parte do que realmente aconteceu em nosso Universo não foi explicado. O superacelerador de partículas que foi colocado em funcionamento em Genebra, mas foi desligado por problemas de vazamento, tentava encontrar respostas, lembram os membros do júri.
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