Outro caso de flagrante violação dos direitos humanos diz respeito à tribo dos Ogoni na zona do delta do Níger, no Sudoeste da Nigéria. Cerca de 500 000 almas compõem esse povo. Ken Barowiwa, poeta e dramaturgo ogoni, refere que nas últimas décadas tem-se assistido à “total e contínua destruição” de suas “terras, nascentes e ribeiros” e que “a sua atmosfera está carregada de hidrocarbonetos, monóxido de carbono e dióxido de carbono”. As terras ogoni sobrepõem-se a importantes recursos petrolíferos. Segundo um relatório da Amnistia Internacional de 1994, as forças de segurança terão atacado pelo menos 60 aldeias, tendo sido executadas extra judicialmente, mais de 50 pessoas.
Há muitos mais outros casos que poderiam ser referidos. O abuso de pesticidas e adubos químicos, além das consequências anteriormente referidas, poderá pôr em causa a aptidão dos solos para a utilização agrícola ou florestal das gerações vindouras. Há a noção de que é necessário caminharmos cada vez mais para a “agricultura sustentada”. No relatório da Comissão Mundial do Ambiente e Desenvolvimento, em 1987, estava referido:
“A tarefa da agricultura é produzir alimentos para a população do mundo, mas no futuro a produção agrícola só estará assegurada se, a longo prazo, o solo, a água e a floresta em que ela se apoia não forem degradados. Este é o maior desafio que a investigação em agricultura tem hoje a nível mundial.”
Há um provérbio índio que diz:
”A terra não é um bem herdado dos nossos pais ou avós mas algo que pedimos emprestado aos nossos filhos”.
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