Religião e Ciência

A história contemporânea tem provado que os esforços e benefícios materiais
não podem ser vistos como fins em si mesmos. O valor do conhecimento está, não
apenas em atender as necessidades básicas da humanidade, de
habitação, de alimentação, de cuidados de saúde, como também o de
ampliar as capacidades humanas. O conhecimento científico e os
esforços económicos devem proporcionar aos povos, e suas diferentes
instituições, meios através dos quais possam alcançar o real
propósito do desenvolvimento e lançar os alicerces para uma nova
ordem social, capaz de cultivar as potencialidades ilimitadas
latentes na consciência humana.

As conquistas da religião caracterizam-se mais pela dimensão moral. Ao longo da
história a religião foi moldando a humanidade, ensinando-a a disciplinar o seu
lado animal, permitindo que o perdão, a generosidade, a capacidade de amar, a
confiança, proporcionasse o avanço da civilização. Embora obscurecidos por
acréscimos dogmáticos ou desviados por conflitos sectários os ensinamentos que
Profetas como Krishna, Moisés, Buda, Zoroastro, Jesus e Maomé trouxeram à
humanidade são evidentes. A religião deverá proporcionar aos diferentes povos a capacidade para o contentamento, a alegria da disciplina moral, e a devoção ao dever. Estas
características deverão ser assimiladas pela sociedade. O actual desafio da
religião é libertar-se das obsessões do passado: contentamento não é fatalismo;
moralidade nada tem em comum com o puritanismo negador da vida; e uma genuína
devoção ao dever não traz um sentimento de superioridade mas sim auto-estima.

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