A unidade do género humano

A Fé Bahá’i pretende a unidade do género humano, respeitando as diferentes culturas dos diferentes povos e considerando a diversidade como uma riqueza.

O conceito Bahá’i de unidade é altamente consciente da importância das culturas tradicionais, ao mesmo tempo que reconhece a necessidade de uma ordem e de regulamentações globais.

A Fé Bahá’i, conforme afirmou Shoghi Effendi, “Longe de se fundamentar na subversão dos alicerces da sociedade existente, procura alargar a sua base e remodelar as suas instituições de maneira consoante com as necessidades de um mundo sempre em transição. Não pode estar em conflito com nenhuma obrigação legítima, nem minar qualquer lealdade essencial. O seu fim não é abafar a chama de um patriotismo são e inteligente no coração do Homem, nem abolir o sistema de autonomia nacional que é tão indispensável como freio dos males duma centralização excessiva. Não ignora, nem tão pouco tenta suprimir a diversidade da origem étnica, do clima, da história, do idioma, da tradição, do pensamento e dos costumes, que diferenciam os povos e as nações do mundo. Exige uma lealdade mais ampla, uma aspiração maior que qualquer outra que jamais animou a raça humana. Insiste em que os impulsos e os interesses nacionais sejam subordinados às necessidades de um mundo unificado. Repudia a centralização excessiva, por um lado, e, por outro, rejeita todas as tentativas de uniformidade. O seu lema é a unidade na diversidade...”[i]

[i] "Bahá’u’lláh e a Nova Era", a tradução aqui é diferente, página 195

Comentários

Anónimo disse…
Há aqui um paradoxo que me lixa.
Afinal o que significa unidade?
Pensarmos todos de forma igual? Isso é uniformidade.
Mas se pensarmos de forma diferente, como pode haver unidade?
O natural é que exista divisões entre as pessoas.
João Moutinho disse…
Castro,
Não penso que a uniformidade conduza necessariamente à unidade.
Dou como exemplo os sistemas políticos. Em democracia o facto de se respeitar as diferenças não quer dizer que a sociedade seja menos coesa.
Ao passo que os regimes totalitários conduziram a sociedades menos solidárias em épocas de crise.
A própria crença que a Alemanha nazi era um modelo de eficiência é uma falácia. Os seus serviços secretos eram bem menos eficientes que os britânicos e as guerras de bastidores mais agudas.
Ontem houve um referendo, concordando ou não com a proposta a refrendar, a lei foi legitimada.

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