Salvaguarda do equilíbrio (2)

Uma planta para a sua sobrevivência como espécie depende da variedade dos seus recursos genéticos.
Anteriormente à Revolução Industrial, era a habilidade natural da planta para utilizar o seu material genético que as fazia resistentes a pragas que anteriormente as tinham destruído em grande escala. Na sociedade contemporânea as melhorias genéticas, para o combate das principais pragas ou doenças deverão ser realizadas num curto espaço de tempo, ao mesmo tempo que é exigido uma grande uniformidade na cultura.
Quando não há a possibilidade de se criar uma resistência natural recorre-se ao emprego de grandes doses de pesticidas. Por outro lado, quando se cria uma resistência natural esta é válida por pouco tempo porque as pragas e fungos, com toda a sua mobilidade genética, encontram um novo ponto fraco na cultura.

Deve-se procurar culturas que tenham resistência a diferentes géneros de doenças, a resistência horizontal, que é mais difícil de alcançar do que apenas a uma determinada doença, resistência vertical.

O problema da erosão genética parece ser cada vez mais importante, com o contínuo aumento populacional e exigência na apresentação dos produtos por parte do público consumidor.
Para a defesa da cultura contra determinada doença ou praga já não é suficiente a procura dos genes necessários nas plantas da mesma espécie que se encontram domesticadas. É necessário ir-se aos centros de origem das espécies, procurar-se nas plantas selvagens, que lhes são próximas ou que lhes deram origem. Estas plantas silvestres adquiriram resistências naturalmente.

Haverá apenas doze centros de origem para a globalidade das principais culturas utilizadas pela humanidade. A nossa alimentação está dependente de 130 espécies de plantas que começaram a ser cultivadas na Idade da Pedra.
Os centros de origem seguem conforme a direcção das grandes cordilheiras. No Hemisfério Norte seguem junto dos vales de acordo com a latitude e no Hemisfério Sul de acordo com a longitude.
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Grande abraço,